Ninguém do povo, nem mesmo os discípulos, compreendia a natureza do reino de Cristo. Pareciam incapazes de crer que Jesus não Se assentaria no trono de Davi, que não tomaria o cetro e nem reinaria como um príncipe temporal em Jerusalém, gloriosamente perante os patriarcas. Cristo ouviu o ansioso e faminto clamor: "Queremos ver Jesus." João 12:21. Esses gregos representavam as nações, tribos e povos que se despertariam para a sua grande necessidade de um poder exterior e acima do poder finito. Por um momento, Cristo olhou ao futuro e ouviu vozes proclamando em todas as partes da Terra: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" João 1:29. Esta antecipação, a consumação de Suas esperanças, é expressa nas palavras: "É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem." João 12:23.
Mas Cristo não Se esqueceu da maneira e métodos pelos quais essa glorificação devia ocorrer. O mundo podia ser salvo somente por Sua morte. Como o grão de trigo, o Filho do homem devia ser lançado na terra, morrer e ser sepultado fora da vista de todos, porém Ele viveria outra vez! Esta lição do grão de trigo se repete em toda colheita. Aqueles que aram o solo têm sempre diante de si a ilustração das palavras de Cristo. A semente sepultada na terra produz muitos frutos, e por sua vez as sementes desses frutos são plantadas. Assim a colheita é multiplicada. A colheita da cruz do Calvário produzirá frutos para a vida eterna. E a contemplação disso será a glória daqueles que viverão pelos séculos eternos. Cristo liga essa lição ao sacrifício próprio que devemos praticar. [OA, 104 - MM 1983]. gsantos