Não precisamos tentar agitar-nos, na procura de uma sensação intensa; mas devemos, calma e persistentemente, elevar nossas petições ao trono da graça. Nossa obra é humilhar a alma perante Deus, confessando os nossos pecados, e, com fé, aproximar-nos de Deus. O Senhor atendeu a oração de Daniel, não para que ele glorificasse a si mesmo, mas para que a bênção trouxesse glória a Deus. O desígnio do Senhor é revelar-Se em Sua providência e em Sua graça. O objetivo de nossas orações deve ser a glória de Deus, não nossa própria glorificação. Quando vemos a nós mesmos como realmente somos: fracos, ignorantes e desamparados, comparecemos diante de Deus como humildes suplicantes. É o desconhecimento de Deus e de Cristo que torna as pessoas orgulhosas e virtuosas aos seus próprios olhos.
A infalível indicação de que um homem não conhece a Deus reside no fato de achar que, por si mesmo, é grande ou bom. A altivez de coração está sempre ligada ao desconhecimento de Deus. É a luz da parte de Deus que manifesta nossa ignorância e miséria. Quando a glória divina foi revelada a Daniel, ele exclamou: "O meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma." Dan. 10:8. No momento em que vê a Deus como Ele é, o humilde investigador terá o mesmo conceito de si mesmo que Daniel teve. Não haverá nenhuma exaltação da alma para o lado da vaidade, mas profundo senso da santidade de Deus e da justiça de Seus preceitos. [E, Recebereis Poder, pg. 27]; gsantos