
facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um artifício de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que haver do que o Senhor. Se há coisa em que seja necessário o bom senso, é essa; mas o fato é que ele é pouco exercitado nesse assunto.
As idéias acerca do namoro têm seu alicerce em idéias errôneas a respeito do casamento. Seguem o impulso e paixão cega. O namoro é conduzido num espírito de flerte. Os namorados freqüentemente violam as regras da modéstia e reserva e são culpados de indiscrição, mesmo que não transgridam a lei de Deus. O alto, nobre, sublime desígnio de Deus na instituição do casamento não é discernido; por isso não são aperfeiçoadas as mais puras afeições do coração, os mais nobres traços de caráter.
Nem uma palavra deve ser pronunciada, nem uma ação praticada, que não quereríeis que os santos anjos testemunhassem e registrassem nos livros do alto. Deveis ter em vista unicamente a glória de Deus. O coração só deve nutrir afeições puras, aprovadas, dignas dos seguidores de Jesus Cristo, de natureza exaltada, mais celestial do que terrena. Qualquer coisa diferente disso, no namoro, degrada e torna-se vil; e o matrimônio não pode ser santo e honroso à vista de um Deus puro e santo, a menos que esteja de acordo com o exaltado princípio escriturístico.
O hábito de ficar a conversar até altas horas da noite é costumeiro, mas não agrada a Deus, mesmo quando ambos sejam cristãos. Essas horas inoportunas prejudicam a saúde, incapacitam a mente para os deveres do dia seguinte, e têm aparência do mal. Meu irmão, espero que tenhas suficiente respeito próprio para deixar essa forma de namoro. Se desejas sinceramente a glória de Deus, agirás com decidida cautela. Não tolerarás que o doentio sentimentalismo amoroso te cegue a visão por tal forma, que não possas discernir os altos direitos de Deus sobre ti como cristão. [MCP, vl. 1 - p. 295/296]. gsantos
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