O grande Mestre levou Seus ouvintes ao contato com a natureza para que pudessem ouvir a voz que fala por todas as coisas criadas; e à medida que seus corações se tornavam mais ternos e suas mentes mais receptivas, Ele os ajudava a interpretar os ensinamentos espirituais das cenas que seus olhos examinavam. As parábolas, por meio das quais Ele Se deleitava em ensinar lições de verdade, mostram quão aberto era Seu espírito, para influências da natureza, e como Ele Se comprazia em tirar lições espirituais das circunstâncias da vida diária.
Os pássaros do ar, os lírios do campo, o semeador e a semente, o pastor e a ovelha; com tais parábolas Cristo ilustrava verdades imortais. Ele extraiu ilustrações dos fatos da vida e da experiência familiar dos ouvintes: o tesouro oculto, a pérola, a rede de pesca, a moeda perdida, o filho pródigo, as casas sobre a rocha e sobre a areia. Em Suas lições havia algo para interessar toda a mente e apelar a todo o coração.
Desse modo, a tarefa diária em vez de ser uma mera rotina de trabalho, destituída de pensamentos mais elevados, era iluminada e exaltada por constantes recordações do espiritual e invisível. O Senhor Jesus abria para a mente a verdadeira filosofia do grande livro de ensinamentos da natureza. Precisamos de obreiros que obtenham amplidão mental pelo estudo do livro que Deus abriu diante de nós em Suas obras criadas. Anjos cooperam com aqueles que proclamam as verdades representadas pelas coisas da natureza. Essas coisas não são Deus, mas amostras da obra de Suas mãos. [OA, 161 - MM 1983]. gsantos